segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Energia nuclear por opção

A expansão da produção de energia nuclear no Brasil com a implantação da usina Angra 3, tem dividido opiniões na sociedade e órgãos protetores do meio ambiente. Há pessoas que defendem essa forma de geração de energia como alternativa viável, porém muitos a vêem como ameaça à humanidade no curto e longo prazo.

De um lado, os defensores do uso dessa forma de energia alegam que sua geração não lança gases tóxicos na atmosfera, deixando de contribuir para aumentar o efeito estufa. Além disso, as usinas podem ser construídas perto dos grandes centros urbanos, o que ajuda na redução dos custos da transmissão, tornando-a economicamente atraente.

Por outro lado, estão os que criticam a construção de usinas nucleares alegando os riscos ao meio ambiente trazidos pelo lixo tóxico produzido. Esses resíduos devem ser mantidos sob vigilância por milhares de anos para que não causem danos. O Greenpeace apresentou recente relatório sobre o estudo da inviabilidade de se usar a energia nuclear para conter os efeitos nocivos do aquecimento global, por ser extremamente cara e de demorada implantação. Para o órgão não-governamental, há fontes ainda não exploradas de energia hidráulica, além de fontes alternativas que trariam benefícios mais seguros que a construção de usinas nucleares.

Dessa forma, é preciso responsabilidade no uso de uma energia cujos resíduos precisarão ser administrados por várias gerações. Com formas ainda pouco exploradas de energia seguras, não parece ser conveniente o uso e a expansão de uma fonte energética na qual erros em sua gestão possam resultar em grandes acidentes.